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Tribunal de Justiça

Leitura modifica comportamento de reeducandos, diz secretário-adjunto Administração Penitenciária

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Mato Grosso possui 43 unidades penais, entre cadeias e penitenciárias, que abrigam 11.040 pessoas privadas de liberdade, sendo 10.510 do sexo masculino e 530 do feminino. Do total de unidades penais, 25 contam com espaços para acomodação de livros e leitura. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).
 
Nesses espaços são desenvolvidos projetos de remição de pena pela leitura, atividade educacional complementar para homens e mulheres privados de liberdade durante o período de condenação. Os(as) reeducandos(as) têm o direito de ler 12 livros por ano e, com isso, garantir a redução de 48 dias de pena. A opção foi introduzida por meio da Recomendação n.44/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e regulamentada pela Resolução CNJ 391/2021.
 
Atualmente, os espaços de leitura contam com um acervo de 16.900 livros. Sendo, 13.500 doados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em agosto de 2011. Apesar do grande volume, são 11 títulos diferentes. Com o intuito de aumentar as opções de títulos, o Poder Judiciário, por meio do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso (GMF), em parceria com a Sesp e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), criou a campanha de arrecadação “Livro para ser livre – A ressocialização pela leitura”.
 
“Esse projeto vem em muito boa hora. É uma oportunidade ímpar que a gente vai poder oferecer o beneficio da remição nos padrões da Resolução 391 do CNJ”, avalia o secretário-adjunto de Administração Penitenciária (Saap), vinculada à Sesp-MT, Jean Gonçalves. “É visível a modificação de comportamento das pessoas privadas de liberdade quando são inseridas em alguma atividade laboral ou de estudo. Ela tem uma perspectiva melhor da possibilidade de antecipar o cumprimento da pena saindo da cadeia”, avalia.
 
O secretario adjunto informa que a doação é livre, não há um tipo específico de literatura exigida. “Quanto mais opções melhor”. Os interessados em doar podem levar aos pontos de coleta livros de ficção, livros técnicos, livros da área de Direito, romance, todo tipo de obra é bem-vinda. A gente vai selecionar esses exemplares e distribuir para unidades penais.”
 
Campanha – Interessados e interessadas podem doar livros até 10 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 12 às 19h, na recepção dos Fóruns das Comarcas de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Sinop, Sorriso, Diamantino, Barra do Garças, Tangará da Serra, Primavera do Leste e Rondonópolis.
 
No Tribunal de Justiça, as doações podem ser depositadas em caixas coletoras na recepção central, no restaurante, no Anexo Desembargador António Arruda, na Escola dos Servidores, ou ainda podem ser entregues no sistema drive thru na entrada do estacionamento de visitantes.
 
Unidades com livros e espaços de leitura
Centro De Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas (Várzea Grande)
Centro De Detenção Provisória De Tangará Da Serra
Cadeia Pública De Vila Rica
Cadeia Pública De São Félix Do Araguaia
Cadeia Pública De Alta Floresta
Centro De Custódia Da Capital
Cadeia Pública Feminina De Rondonópolis
Penitenciária Feminina Ana Maria Do Couto (Cuiabá)
Cadeia Pública De Mirassol D’Oeste
Cadeia Pública De Barra Do Garças
Centro De Ressocialização De Cuiabá
Penitenciária Central Do Estado De Mato Grosso
Cadeia Pública De Sorriso
Penitenciária Major PM Zuzi Alves Da Silva
Cadeia Pública De Diamantino
Cadeia Pública De Arenápolis
Cadeia Pública De Chapada Dos Guimarães
Cadeia Pública De Nobres
Cadeia Pública Feminina De Cáceres
Centro De Detenção Provisória Juína
Penitenciária Regional De Rondonópolis Major Eldo Sá Corrêa
Cadeia Pública De Primavera Do Leste
Cadeia Pública De Cáceres
Cadeia Pública Feminina De Nortelândia
Penitenciaria De Sinop
 
#ParaTodosVerem: Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência. Descrição da imagem: Foto 1 – em formato horizontal colorida: pessoa depositando livros na caixa coletora.
 
 
Alcione dos Anjos
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT

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Adolescente obtém guarda compartilhada após anos vivendo com avós em área rural de Confresa

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Um atendimento que começou com a simples intenção de emitir uma nova identidade mudou o rumo da história de uma adolescente de 14 anos que vive com os avós em uma região rural da Agrovila de Jacaré Valente, em Confresa (1.027km de Cuiabá). Durante a 7ª Expedição Araguaia-Xingu, ação do Poder Judiciário de Mato Grosso em parceria com diversas instituições, Talissa Silva Andrade conseguiu a formalização da guarda com os avós paternos, Maria das Dores Ferreira e Lauro de Andrade, com quem ela vive desde os seis anos de idade, em razão do fato de seu pai, Mauro Saviano de Andrade, trabalhar em uma fazenda em um local afastado.

Ao apresentar os documentos no posto de atendimento, foi identificado um entrave. Isso porque, embora morasse com os avós, a guarda constava exclusivamente em nome do pai, o que impedia a emissão do RG e dificultava atos cotidianos como matrícula escolar, autorização médica ou assinatura de documentos.

A técnica judiciária da 2ª Vara de Porto Alegre do Norte, Samara Coelho de Souza, voluntária na expedição, e que atuou junto ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), relatou que o caso exigiu, além de orientação técnica, escuta e mediação. “A avó não tinha autonomia legal para representar a neta. A adolescente dependia da presença dos pais para qualquer procedimento. A expedição permitiu transformar a realidade familiar em segurança jurídica”.

Samara então orientou que a família entrasse em contato com o pai da adolescente, que trabalha em uma fazenda na região e compareceu ao local. Com todos presentes, e com o apoio integrado do Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público, Receita Federal e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o procedimento foi conduzido de forma completa e imediata. O pedido de guarda compartilhada entre o pai e os avós foi formalizado. Com residência fixa da adolescente com os avós, a medida dá autonomia para que eles possam representar a neta em decisões escolares, médicas e de rotina.

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Para Talissa, a sensação é de plenitude. “Agora está tudo certo. Estou feliz”. Para a avó, a presença da Expedição marcou positivamente a vida da família. “Se não fosse essa Expedição, a gente ia ficar indo e voltando da cidade. Aqui, resolvemos tudo em um só lugar”. Além desse encaminhamento, Talissa saiu da expedição com RG, CPF e documentação regularizada em poucas horas.

Acesso que muda vidas – A técnica judiciária Samara explica que o caso não é isolado. Em zonas rurais, onde comunidades estão separadas por dezenas de quilômetros de estrada de chão, a falta de documentação básica impede o acesso a serviços públicos considerados essenciais e benefícios sociais. “Aqui ouvimos muitas vezes: ‘Eu não consigo nem aposentar porque não tenho documento’. A expedição traz o que essas pessoas não têm, que é o acesso”.

Além desse atendimento, dezenas de outros foram registrados em Jacaré Valente, levando cidadania, direitos e dignidade a comunidades de difícil acesso no interior do estado. Raiane Souza, moradora de uma comunidade localizada a cerca de 20 km da Agrovila, levou a filha Ana Lis, de 4 meses, para atualizar a caderneta de vacinação e aproveitar consultas médicas oferecidas no local. “Aqui conseguimos fazer tudo de uma vez. Na cidade é mais difícil, às vezes o sistema cai e pedem muitos documentos. Hoje resolvemos vacina, consulta e até documentos”, contou.

Para ela, a presença da equipe evita deslocamentos longos e garante atendimento completo. “Facilitou demais. Se não fosse a expedição, seria muito mais complicado”.

Programação – A Expedição segue nesta sexta-feira (07) rumo ao Distrito de Espigão do Leste, em São Félix do Araguaia (1.060 km de Cuiabá). Lá, durante os dias 08 e 09 de novembro, os atendimentos serão na Escola Municipal Alberto Nunes da Silveira. Depois disso, nos dias 11 e 12 de novembro, a Expedição atenderá na Escola Municipal Vereador Valdemiro Nunes de Araújo, no Distrito Veranópolis, de volta a Confresa (1.027 km de Cuiabá). Em todos os locais, o horário de atendimento será das 8h às 11h30 e de 13h às 17h.

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Parcerias – A Expedição é liderada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, com participação direta do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) e do Juizado Volante Ambiental (Juvam).

A realização da iniciativa só é possível graças a uma grande articulação institucional que reúne Defensoria Pública, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Ministério Público do Estado, Politec, Justiça Federal, Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Polícia Judiciária Civil (PJC), Companhia de Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Saúde (SES), Secretaria de Educação (Seduc) e Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

Somam-se ao esforço conjunto a Receita Federal, Caixa Econômica Federal, INSS, Assembleia Legislativa, Exército Brasileiro e as prefeituras das localidades atendidas, além do apoio de empresas parceiras, como Aprosoja, Energisa, Paiaguás Incorporadora e Bom Futuro.

Acesse mais fotos da Expedição no Flickr do TJMT

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Autor: Talita Ormond

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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