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AGRO E INDUSTRIA

FPA e setor produtivo discutem participação do agronegócio brasileiro na COP30

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e representantes das entidades do setor produtivo ligadas ao Instituto Pensar Agropecuária (IPA) se reunirão com o Ministério da Agricultura (Mapa) para debater a participação do agronegócio brasileiro na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém (PA). O encontro está previsto para amanhã, terça-feira (04.02), na sede do ministério, com a presença do ministro Carlos Fávaro. O objetivo é alinhar posicionamentos e propor diretrizes concretas para o evento internacional.

Parlamentares já confirmaram presença, entre eles a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), e o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da bancada ruralista. Outros nomes devem participar, mas até o fechamento desta edição ainda não haviam confirmado oficialmente.

O Ministério da Agricultura tem enfatizado a importância dos pagamentos por serviços ambientais (PSA) e da recuperação de pastagens degradadas como pontos-chave da agenda climática brasileira. Para Carlos Augustin, assessor especial do ministério, a monetização da preservação ambiental precisa se tornar realidade, seja via PSA ou pela comercialização de créditos de carbono.

“Conversa fiada já temos demais nas últimas COPs. Não é possível que países poluidores, que vivem de petróleo e estão cheios de dinheiro, nunca tenham pago impostos pela fumaça que produzem e ainda assim não contribuam para a agenda climática”, criticou Augustin. “O mundo precisa definir quem paga, quem recebe e qual é o valor, ou todos sofreremos as consequências”, completou.

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A presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá, destacou a importância de apresentar as tecnologias sustentáveis já implementadas pelo agronegócio brasileiro, bem como de mapear desafios em diferentes biomas e desenvolver projetos com potencial de atrair investimentos internacionais durante a COP30.

Até novembro, serão realizados sete eventos preparatórios para reunir essas informações. “Queremos selecionar projetos que possam ser financiados e que promovam uma agricultura resiliente diante das mudanças climáticas”, afirmou Massruhá. A Embrapa também pretende criar uma “Casa Agro” em Belém, para apresentar sistemas agroflorestais e soluções tecnológicas do setor a visitantes e representantes internacionais.

Na semana passada, o ministro Carlos Fávaro recebeu o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, para discutir o papel do agronegócio no evento. Segundo Augustin, Corrêa do Lago reconheceu que o setor é um dos menores emissores de carbono, mas ressaltou que pode contribuir ainda mais para soluções sustentáveis.

Augustin também reforçou que o Brasil detém uma das maiores áreas de vegetação nativa do mundo, e que não pode ser cobrado para abrir mão desse potencial econômico sem uma contrapartida justa. “Não faz sentido países desenvolvidos exigirem que o Brasil preserve enquanto eles mesmos saem do Acordo de Paris”, afirmou.

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Representantes do setor produtivo elogiaram a nomeação do embaixador para a liderança da COP30, mas ainda veem com ceticismo a possibilidade de avanços concretos nos temas de interesse do agronegócio.

“Os habitantes da Amazônia não podem ser privados de uma fonte de riqueza sem qualquer retorno. O Brasil já preserva até 80% da área das fazendas, conforme determina o Código Florestal, mas sem uma contrapartida financeira adequada”, concluiu Augustin.

A reunião de amanhã será fundamental para alinhar expectativas e preparar uma participação estratégica do agro brasileiro na COP30, reforçando a importância do setor na agenda ambiental global.

Fonte: Pensar Agro

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AGRO E INDUSTRIA

BB ameaça cortar cortar crédito de quem pedir recuperação judicial

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O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta terça-feira (28.10) que poderá cortar o acesso a crédito para produtores rurais que busquem recuperação judicial, ampliando o impacto das mudanças no cenário de financiamentos agropecuários no país.

Segundo Felipe Prince, vice-presidente do banco, quem optar pelo recurso legal dificilmente conseguirá novas linhas de crédito, postura que gerou debate entre líderes do segmento. Prince alerta que esse caminho pode impedir o produtor de viabilizar a safra seguinte, já que bancos consideram o risco elevado para esse perfil.

O contexto sinaliza crescente pressão sobre os produtores. Levantamento da Serasa Experian revela alta de mais de 30% nos pedidos de recuperação judicial no setor rural entre abril e junho deste ano, com maior incidência em estados chave da produção agrícola como Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.

Para especialistas, regras do mercado permitem que bancos recusem crédito a quem está sob recuperação judicial, pois cada instituição determina suas próprias políticas de risco. Assim, a restrição abre caminho para concorrentes buscarem espaço entre produtores que precisam renegociar dívidas, mas pode dificultar ainda mais a recuperação de quem depende dessas linhas para seguir produzindo.

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Fonte: Pensar Agro

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