Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Ministério Público MT

APAC surge como alternativa para baixar custos e reduzir reincidência

Published

on

O custo médio mensal de um preso no sistema carcerário comum no Brasil gira em torno de R$ 2.700,00. No modelo proposto pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) este custo cai para R$ 1.478,05. A média de reincidência na prática de crimes entre os presos que cumpriram pena no sistema comum, que é de 80%, com o modelo da APAC reduziu para 13,9% nas unidades do sexo masculino e para 2,84% nas femininas. Os dados foram apresentados neste domingo (21), durante imersão sobre os 12 elementos do método APAC, na Associação Mato-grossense do Ministério Público. Cuiabá será o primeiro município de Mato Grosso a receber uma unidade da APAC.

A imersão contou com a participação de integrantes do Ministério Público, Poder Judiciário, Defensoria Pública, entre outros profissionais. A coordenadora da iniciativa, promotora de Justiça, Josane Fátima de Carvalho Guariente, explica que a imersão teve como objetivo sensibilizar um grupo de pessoas sobre a importância do método APAC. “Esses profissionais serão multiplicadores da proposta para sensibilização da sociedade sobre o assunto. No dia 28 de junho, realizaremos uma audiência pública sobre o tema e precisamos que representantes dos diversos segmentos da sociedade venham conhecer a proposta”, destacou a promotora de Justiça, que atua na Execução Penal.

Leia Também:  Parcerias vão reduzir déficit habitacional em Rondonópolis

A APAC Cuiabá é presidida por Arthur Nogueira, que atualmente exerce a função de superintendente da Polícia Rodoviária Federal. Durante a imersão, ele enfatizou que o método proposto somente terá significado quando as pessoas o conhecerem. Informou que a diretoria da APAC já foi composta e que várias articulações estão sendo feitas para viabilização da construção da estrutura física da associação em Cuiabá.

“A unidade APAC Cuiabá será diferenciada, nascerá em solo fértil e a sua base será construída pelas mãos dos próprios recuperandos. O projeto da obra está sendo elaborado por uma arquiteta que, há alguns anos, ainda na faculdade, fez o seu trabalho de conclusão do curso sobre a metódo APAC”, destacou.

Segundo ele, o custo de uma unidade da APAC é inferior ao sistema carcerário comum porque o quadro de colaboradores é, em sua maioria, formado por voluntários. Além disso, todos os serviços executados nas unidades são realizados pelos próprios recuperandos, como limpeza, cozinha, jardinagem, entre outros. “Muitas pessoas me perguntam: A APAC é uma prisão? Sim. Nessas unidades também existe a privação de liberdade, mas com o diferencial dos 12 elementos”, afirmou.

Leia Também:  Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica traça ações para 2023

Os 12 elementos do método APAC são: participação da comunidade; o recuperando ajudando o recuperando; trabalho; espiritualidade e a importância de se fazer a experiência de Deus; assistência jurídica; assistência à saúde; valorização humana (base de todo o método); a família do recuperando e da vítima; o voluntário e o curso para sua formação; centro de reintegração social; mérito e a jornada de libertação com Cristo.

“É um trabalho diferenciado que tem surtido efeitos extremamente positivos nos estados que já implementaram a proposta. São esses 12 elementos que garantem o sucesso do método, desde que aplicados de maneira correta e de forma harmônica”, acrescentou a promotora de Justiça Josane Fátima de Carvalho Guariente.

Cerca de 50 profissionais participaram da imersão, entre eles, a presidente do Tribunal de Justiça, Clarice Claudino da Silva, o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, a procuradora de Justiça Rosana Marra e o defensor público Marcos  Rondon.  Conheça a proposta acessando aqui.

AUDIÊNCIA – O método APAC será apresentado durante audiência pública que ocorrerá no dia 28 de junho, às 17h, no auditório da Sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá. Toda a sociedade está convidada a participar da discussão.

Fonte: Ministério Público MT – MT

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Ministério Público MT

Justiça suspende contrato de R$ 360 mil da Prefeitura de Cáceres

Published

on

A Justiça acolheu pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e determinou, nesta sexta-feira (14), a suspensão imediata da execução do contrato administrativo, celebrado entre o Município de Cáceres (219 km de Cuiabá) e o escritório Schneider e Munhoz Advogados Associados, no valor global de R$ 360 mil.A decisão foi proferida pela juíza da 4ª Vara Cível da Comarca de Cáceres, em sede de tutela provisória de urgência, e impede novos pagamentos, prorrogações ou aditamentos ao contrato.A medida atende à ação civil pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça Cível, que apontou ilegalidade na contratação direta por inexigibilidade de licitação, uma vez que os serviços contratados (assessoramento jurídico e técnico perante tribunais de contas, análise de contratos e licitações, elaboração de pareceres e defesas) não possuem caráter singular nem justificam a terceirização de funções típicas da Procuradoria-Geral do Município.Segundo o Ministério Público, a contratação afronta os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência. “Estamos diante de atividades ordinárias da Procuradoria Municipal, que já dispõe de estrutura legal e funcional para desempenhá-las. A terceirização dessas atribuições, sob o argumento de déficit de pessoal, não encontra respaldo jurídico e compromete o modelo constitucional da advocacia pública”, destacou o promotor de Justiça Saulo Pires de Andrade Martins.O promotor também ressaltou que a manutenção do contrato implicaria desembolso mensal de R$ 30 mil, totalizando R$ 360 mil em 12 meses, além de agravar uma prática administrativa considerada irregular. “A solução para eventual sobrecarga não é terceirizar funções típicas de Estado, mas investir na capacitação dos procuradores e utilizar os mecanismos legais para recompor o quadro funcional”, acrescentou o promotor.Na decisão, a magistrada reconheceu a probabilidade do direito e o perigo de danos ao erário, afirmando que os serviços contratados não se revestem da singularidade exigida pela legislação nem demonstram notória especialização do escritório, requisitos indispensáveis para a contratação direta por inexigibilidade.A juíza também determinou que o Município se abstenha de firmar novos contratos semelhantes e fixou multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento, limitada a R$ 200 mil. Além disso, foram expedidos ofícios ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) e à Controladoria-Geral do Estado (CGE/MT) para ciência e adoção de providências.Foto: Prefeitura Municipal

Leia Também:  Está disponível no site do Cepea o relatório de Custos de Produção Pecuário

Fonte: Ministério Público MT – MT

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA